Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez... a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos.
Fantasia, ficção | 420 páginas | Editora Record
Gente, eu não vou cansar de
comentar aqui com vocês que estou com uma ressaca literária de matar. E no
final do mês de Maio nenhuma das minhas leituras fluíram, então eu resolvi
apelar para tentar sair da zona de conforto e ver isso iria me ajudar com esse
problema. O livro escolhido foi Um tom
mais escuro de magia, que já tem várias resenhas por aí e que eu queria
muito ler, mas como é fantasia, eu fico enrolando horrores para tomar uma
atitude e iniciar a leitura, até que resolvi ir na cara e na coragem e consegui
terminar esse livro com um brilho nos olhos.
No livro da V. E. Schwab iremos
conhecer um mundo dividido em quatro Londres. A Londres Cinza é suja e sem graça, sem magia. A Londres Vermelha é provida de cores, onde as pessoas são guiadas
pela magia, respeitando-a e mantendo um equilíbrio com ela. A Londres Branca é um lugar onde se luta
para controlar a magia, compelida pelo desejo dos habitantes de se apoderar
dela. E a Londres Preta foi
destruída devido ao descontrole da magia, que consumiu todos que haviam ali.
Todas as Londres eram
interligadas e as pessoas podiam atravessá-las, mas depois da queda da Londres
Preta, as portas entre elas foram seladas e somente os Viajantes – magos com uma habilidade rara de viajar entre as
cidades mágicas – podem fazer isso. Kell
é um dos viajantes existentes, criado na Londres Vermelha ao lado do boêmio
herdeiro do trono, Rhy Maresh. Ele
viaja entre as Londres para enviar correspondências de um reino ao outro, mas
extra-oficialmente, Kell é um contrabandista que leva e entrega objetos mágicos
a quem tiver algo de interessante para lhe dar em troca. Algo que é
terminantemente proibido mas que ele faz mesmo assim por motivos desconhecidos.
Em uma dessas trocas ele acaba
recebendo uma pedra mágica de uma senhora com aparência duvidosa na Londres
Branca. A pedra está envolta de magia da Londres Preta e promete um poder muito
maior àquele que está em posse dela, mas em troca a magia o consome e toma parte
da alma e do corpo daquele que a usa.
Com assassinos contratados para
matá-lo e reaver a pedra, Kell foge para a Londres Cinza, e seu caminho acaba
se esbarrando com o de Lila Bard,
uma batedora de carteiras que acaba roubando a pedra de Kell.
Agora que o destino uniu esses
dois personagens, cabe a eles destruírem a pedra e para isso precisam levá-la
direto a Londres Preta. Mas tudo fica mais difícil quando os irmãos Dane, dois
psicopatas que comandam um reinado de horror na Londres Branca, resolvem atacar
a Londres Vermelha, colocando em jogo todo o lar de Kell e sua família.
Vocês não sabem o quanto esse
livro é gostoso de ler. A escrita da Victoria é maravilhosa, simples, acertiva,
que te prende do início ao fim. Juro que parava de ler só quando realmente
precisa dormir. Se A melodia feroz
for assim também, eu vou correndo ler esse livro.
Conhecer esse mundo de Londres e
magia foi estarrecedor. É uma riqueza de detalhes envolta de simplicidade que
acabou me fazendo apaixonar não só pela narrativa da autora, mas também por
esse lugar tão estranho e encantador. Victoria soube dosar muito bem a
realidade com a fantasia, e eu via todas as cenas da obra como se estivesse
assistindo um episódio de anime, o que me ajudou bastante a me situar na
descrição dos lugares que a autora fazia.
Kell é um personagem muito fácil
de gostar. Mesmo morando com a famílai real e sendo considerado da família, ele
sente que não percente aquele lugar. Acredito que o mistério envolvendo suas
origens será o que dará gás aos outros livros da trilogia que por sinal já
quero ler. E o que mais gostei no personagem, é que mesmo ele tendo uma
habilidade simplesmente foda e invejada por todos, que muitas vezes causa nas
pessoas respeito e medo, ele não é tudo isso. Kell é fraco também porque lhe
falta maldade e ambição para cultivar o desejo em usar sua magia para coisas
mais grandiosas, diferente de Holland,
outro Viajante que pertence a Londres Branca que chega pra quebrar com tudo
quando aparece.
A cumplicidade de Kell com Rhy é
notável, mesmo que não seja muito abordada nesse livro. Um daria sua vida pelo
outro, sacrifícios são feitos em prol desse amor fraterno e foi lindo de ver o
desenvolvimento dessa relação ao longo da história.
Já Lila é uma personagem muito
maravilhosa. Cheia de girl power, empoderamento e uma força de vontade que
causa inveja, a nossa mocinha da trama não é tão mocinha assim. Ladra e
assassina, Lila é pintada como um garota que procura uma vida melhor, e fará de
tudo para conseguir isso. Seu sonho é ter seu próprio navio e ser pirata, sair
em busca de aventuras e sua relação com Kell nos rende muitos momentos
engraçados porque a personagem tem uma língua afiada e uma ótima habilidade com
facas. (Pra quem assistiu One Piece, eu fico sempre imaginando a Lila como a
Nami).
É claro que houve meu ship aqui.
Mesmo que o relacionamento dos dois não passe muito da barreira *precisamos
trabalhar juntos*, eu torci muito para que Kell ficasse com a Nami, e espero
que a relação dos dois venha florescer nos outros livros. Também percebi que
Rhy é bissexual, e eu gostei muito disso porque como comentei com a Lu do Balaio de Babados, é muito difícil de
ver personagens com essa representatividade nas histórias.
Um tom mais escuro de magia foi
uma ótima surpresa, me prendeu desde o começo. A escrita da autora é ágil e
gostosa de ler, você se sente inserido na narrativa e aflito quando as coisas
não dão bem para os personagens. Tenho absoluta certeza de quem for ler essa
história vai amar.
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Oi, Mi!
ResponderExcluirMenina, eu pirei com sua resenha. Fiquei bem feliz que curtiu o livro porque essa trilogia é meu xodó.
Se personagens homo em fantasia já é raro, imagine bi.. Fiquei muito feliz do Rhy ser assim e seria mais feliz ainda se rolasse algo entre ele e Kell, mas ok..
Menina do ceu tu ta lendo Cinder AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Já quero essa resenha!
Beijos
Balaio de Babados
Oi, Lu
ExcluirEu prefiro ele com a Lila porque não vi ainda a interação dele com o Rhy, mas eu amei demais esse livro!
Cinder já era meu xodó, só tô terminando de ler.
Beijão!
Oi Mi!! A Lu vai fazer todo mundo ler Um tom mais escuro de magia hahahahaha eu amei o universo da autora e nem sou muito de ler fantasia rsrsrs Kell é sensacional, mas confesso que gostei bastante da química dele com a Lila!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Mi
ExcluirEu também não curto muito fantasia, mas gente, que livro maravilhoso. Ele me pegou de jeito e fiquei super apaixonada pelo Kell.
Oi, Mi! Tudo bom?
ResponderExcluirEsse livro foi uma surpresa pra mim. Eu não esperava cair tanto dentro do universo da autora, mas de repente estava favoritando e desesperada por mais. A Victoria tem esse jeito de escrever e de criar personagens e tu tá se apaixonando por tudo sem perceber.
Adorei a resenha, ficou maravilhosa!
Beijos,
Denise Flaibam.
www.queriaestarlendo.com.br
Oi, Denise
ExcluirEu fiquei encantada, já ouvi falar muito da autora mas minha aversão a fantasia me fazia fugir do livro dela, agora li e quero muito ler as continuações.
Oi oi querida!
ResponderExcluirEu pulei algumas linhas da resenha, porque esse livro está na minha wishlist desse ano, e pretendo pegar ele pra ler sem saber de nada sobre a história... sei apenas que é um livro de magia e que a escrita da autora é maravilhosa.
Amei a foto, e tenho certeza que essa resenha ficou incrível!
Beijoss, Enjoy Books
Oi, Alice
ExcluirMenina, que livro! Ele é tudo de bom, adorei cada pedacinho, certeza que vai gostar.
Oi Mi!
ResponderExcluirCoisa boa que esse livro de fantasia te ajudou um pouco na ressaca literária. Quando eu li a sinopse fiquei meio confusa e pensei "ih, não vou gostar, vou me sentir perdida com tanta informação", mas a tua resenha foi maravilhosa e me convenceu de que vale o tempo investido nessa leitura.
Adoro fantasia, apesar de não estar lendo muito o gênero ultimamente, mas sempre sinto que a descrição do mundo que ambienta a história é extensa e cansativa ou insuficiente para me situar. Gostei dessa ideia de Londres "coloridas" e a premissa diferente de outras fantasias que já li!
Foi pra wishlist literária!
Beijos
http://espiraldelivros.blogspot.com/
Oi, Adri
ExcluirMenina, pra mim ler fantasia é quase um martírio mas a Victoria conseguiu me envolver perfeitamente nessa obra. Amei tudo, você vai adorar.
Eu gosto da descrição porque preciso me inserir, mas tem umas que tornam a leitura densa porque a autora não sabe dosar bem isso.