Mallory viveu muito tempo em silêncio. Mas o destino lhe reserva um novo desafio. E ela percebe que está na hora de encontrar a própria voz Já na infância, Mallory Dodge percebeu que só poderia sobreviver se ficasse calada. Teve que aprender a ficar o mais quieta possível. Aprendeu a passar despercebida. A se esconder. Mas agora, após ter sido adotada por pais amorosos e dedicados, ela precisa enfrentar um novo desafio: sobreviver ao último ano do Ensino Médio numa escola de verdade. O que Mallory não imaginava é que logo no primeiro dia de aula daria de cara com um velho amigo que não via desde criança, quando viviam juntos no abrigo. E começa a notar que não é a única que guarda cicatrizes do passado, além de uma paixão adormecida e inevitável.
Jovem adulto | 392 páginas | Editora Galera Record
Mallory quando criança sofreu um grande trauma. A órfã viveu o
maior inferno ao morar durante anos com um casal que não tinha a menor ideia do
que era cuidar de uma criança. Constantemente ela ficava com fome, mas para
conseguir o que comer, ela tinha que obedecer as regras, entre elas nunca fazer
barulho. Ela se escondia tanto e tinha tanto medo de andar pela casa que a
única pessoa que ouvia sua voz era Rider
Stark, outro garoto órfão que também vivia lá.
Rider apesar dos poucos meses de
vida que tinha a mais que Mallory sempre a tratou como alguém que devia
proteger. E ele faria isso para sempre, essa fora sua promessa. Mas uma grande
tragédia acabou separando os dois. Durante esses quatro anos que passaram,
Mallory enfim fora adotada por um casal de médicos que souberam de sua
história, além de ter feito terapia para conseguir lidar com o trauma. O último
passo para enfim se libertar do passado é enfrentar o último ano do Ensino
Médio em uma escola pública, já que Mallory ainda deseja ir para a faculdade.
Mas ter que enfrentar as pessoas e falar com elas é o grande X da questão. Tudo
complica quando no primeiro dia de aula, Mallory reencontra Rider, alguém que
ela achou que nunca mais fosse ver, e agora ela vai perceber que mesmo tendo
seguido em frente, algumas pessoas não conseguiram fazer o mesmo.
Eu nunca tinha lido nada jovem
adulto da Jennifer Armentrout, somente os new adults que ela assina como J.
Lynn. Eu senti um mix de sensações com essa obra e acho que todo mundo gostaria
e poderia lê-la também porque O problema
do para sempre é um livro doce, puro, mas triste e acima de tudo, real.
Não sei aqui no Brasil, mas
sempre que leio sobre a questão de crianças órfãs nos Estados Unidos, é algo
que sempre me dá o que pensar. Isso porque lá quando não se é adotado de fato,
elas passam por vários lares temporários, e ás vezes uma pessoa se esconde por
trás de uma porta, dizendo ser aquilo que não é somente para acolher uma
criança em casa e ganhar ajuda do governo, o que acontece bastante. Mas tanta
coisa absurda e nojenta acontece nessas casas que eu fico chocada que o
Conselho Tutelar não faça nada a respeito, muito menos pesquise afundo quem são
essas pessoas que aparecem para ficar com alguma criança.
Mallory e Rider não tiveram essa
sorte. Ambos pequenos e órfãos já sofriam abusos psicológicos e físicos e o
fato de nenhum adulto se importar o bastante com isso para oferecer ajuda é
revoltante. Talvez seja por isso que Rider sempre assumiu a responsabilidade
por Mallory. Constantemente ele se colocava na frente dela para ela não sofrer
as consequências de algo que fez, mesmo que seja a coisa mais idiota como fazer
barulho. Esse condicionamento negativo que ela sofreu acabou por fazê-la uma
criança calada, tímida, que tem muita dificuldade para se enturmar, por isso a
primeira vez que ela estaria em uma escola pública seria aterrorizante.
Mallory é uma personagem que você
logo se identifica, apesar dela ficar fechada muito na concha e lidar com seus
demônios muito lentamente pro meu gosto. Mas entendo o que ela passou, sua
dificuldade em se abrir com as pessoas é triste mas não é algo que podemos
facilmente resolver. O legal disso é seu desenvolvimento que é notável ao longo
da narrativa. À medida que ela vai fazendo amigos, tentando destruir suas
próprias barreiras, mais orgulho de si mesma e confiança ela conquista, e é
muito gratificante de acompanhar.
Rider é aquele menino fofo que a
gente ama nos jovem adultos. Ele é intenso, gentil, simpático, se importa com
a Mallory e deixa bem claro isso. Achei que em alguns momentos ele foi meio
lerdo para tomar certas decisões, ás vezes suas ações eram dúbias, sei lá, mas
ainda assim fica impossível não gostar dele.
Apesar da história ser focada em
Mallory, Rider também tem grande destaque porque mesmo que ele finja que tudo
está bem depois desses quatro anos, vemos que as coisas não são bem assim. É
uma história sobre ele também. Sobre o quanto o passado molda as pessoas e não
pode ser apagado, apesar de tudo o que fizemos para esquecê-lo.
Os pais adotivos de Mallory, Carl
e Rosa aparecem muito aqui. Eles são sua nova base e os primeiros a querer ver
a garota melhorar, mas assim como qualquer família, eles brigam, entram em
desacordo e ver Mallory conseguir tomar suas próprias decisões mesmo que isso
vá contra a ideia de seus pais dá uma sensação de “caramba, nossa menina enfim
cresceu!”. Eu fiquei tão orgulhosa desses momentos na narrativa que tudo o que
queria era dar um apertão na personagem.
Acho interessante comentar que
boa parte dos personagens e amigos de Rider são porto-riquenhos. Não é algo com
grande destaque mas me lembrou a questão da imigração de latinos para os
Estados Unidos. O envolvimento com drogas para conseguir uma vida melhor, os
caminhos controversos disso e as consequências dele. Como comentei acima, é
algo triste mas é a realidade de tantas pessoas aí...
Há também o preconceito. A gente
julga muito uma pessoa por onde ela mora, se for um bairro mais perigoso ou
não, e involuntariamente acreditamos que aquela pessoa que mora ali não merece
nada, que ela vai se tornar um marginal e etc. A questão é que no livro mostra
que nós seres humanos somos compelidos a fazer isso, não damos uma chance a
essas pessoas de se provarem e acabamos soando preconceituosos, mesmo quando
não queremos. Quantas vidas destruímos porque não conseguimos enxergar nada de
bom numa pessoa, e isso passa a ser o que ela mesmo enxerga nela? Se ninguém
acredita no seu potencial, por você acreditaria nele? É esses questionamentos
que Jennifer traz e que nos faz refletir até depois de terminar a leitura.
Eu gostei muito desse livro!
Apesar de não ser tão impactante quanto o outro da autora que li recentemente, Se não houver amanhã, ele é lindo e
merece ser conhecido pelas pessoas, principalmente porque muita gente julga um
jovem adulto pela capa ou por se tratar de histórias com adolescentes e
perdemos grandes obras que estão espalhadas por aí.
Oi Mi,
ResponderExcluirEu AMEI esse livro e fui impactada, mas se você está me dizendo que "Se Não Houver Amanhã" é ainda mais forte, eu vou sofrer horrores!
AAAA quero ler!
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com.br
Oi, Ale
ExcluirEu achei que Se não houver amanhã o tema era bem mais forte, eu fiquei dias pensando sobre ele e por isso acredito que seja melhor.
Oiii Mika
ResponderExcluirEu amei demais esse livro, também nunca tinha lido nenhum YA da Jenn e gostei do realismo empregado na história. No começo acahava o Rider meio pefeitinho e não conseguia entender o que estava oculto por trás da fachada mas quando a gente começa e entender a infância deles juntos, tudo o que passaram e viveram, impossivel não se apegar e torcer por ambos. Ouvi dizer que tem um spin off desse livro, sobre a amiga da Mallory, fiquei bem curiosa pra conhecer a história dela também.
Beijos
www.derepentenoultimolivro.com
Oi, Alice
ExcluirEu também suspeitava muito do Rider no início, mas ele é fofo demais, impossível não amar. Eu queria ler algo da amiga dela, pelo visto acho que ela se envolve com o Hector, mas se tiver, pelo menos no Brasil ainda não foi lançado.
Oi, Mi!
ResponderExcluirEu acho essa capa tão bonita... e pelos comentários, acho que reflete a história. Infelizmente eu não tenho tanta vontade assim de ler esse livro por agora. Quem sabe um dia...
Beijos
Balaio de Babados
Oi, Lu
ExcluirA capa tem tudo a ver com a história, só digo isso haha espero que possa dar chance um dia, é um livro lindo.
Oi Mi! Lá no blog a Marise gostou bastante tb. Eu gosto muito da autora, fiquei com receio por achar que poderia ser triste demais, mas agora quero conferir!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Mi
ExcluirNão acho que ele seja tão triste assim, tem momentos impactantes mas nada tão dramático.
Olá Mika, como vai?
ResponderExcluirAcho que não conheço esse livro, nem a autora na verdade, mas como você disse que é muito bom vou dar uma olhadinha. Mas acho que vou procurar o outro primeiro já que ele causa mais impacto. Amei a dica, como sempre.
Beijão!
Lumusiando
Oi, Duda
ExcluirOs dois são independentes então dá pra ler quando quiser, espero que goste de ambos como eu.
Parece ser um livro bem interessante, pela sua resenha fiquei bem curiosa e realmente é um tema que dá o que pensar e triste também né!
ResponderExcluirhttp://submersa-em-palavras.blogspot.com/
Oi, Monyque
ExcluirEu amei essa obra e realmente coloca muita coisa na nossa cabeça, é bom pra gente como leitor e como ser humano também se preocupar com essas coisas.
Oi Miriã!
ResponderExcluirNunca li nada dessa autora, mas esse livro está na minha listinha, gosto de Ya's sensíveis assim! 😍 Adorei sua resenha!
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
Oi, Carol
ExcluirEu tenho certeza que você vai adorar, a autora é maravilhosa no que faz.