Um romance emocionante sobre amizade, amor e família, da autora de Beleza Perdida. Quando Josie Jensen, uma desajeitada menina prodígio da música, conhece Samuel Yates, um garoto confuso e revoltado descendente dos índios Navajos, uma amizade improvável floresce. Apesar de ser cinco anos mais nova, Josie ensina a Samuel sobre palavras, música, sonhos, e, com o tempo, eles formam um forte vínculo de amizade.Após se formar no colégio, Samuel abandona a cidadezinha onde vivem em busca de um futuro, deixando sua jovem amiga com o coração partido. Muitos anos depois, quando Samuel retorna, percebe que Josie necessita exatamente das coisas que ela lhe oferecera na adolescência. É a vez de Samuel ensinar a Josie sobre a vida e o amor e guiá-la para que ela encontre seu rumo, sua felicidade. Profundamente romântico, Correndo Descalça é a história de uma garota do interior e um garoto indígena, sobre os laços que os ligam a suas casas e famílias e sobre o amor que lhes dá asas para voar.
Jovem adulto, ficção | 349 páginas | Editora Verus
Josie Jensen aprendeu a se virar sozinha desde os nove anos quando
perdeu a mãe para o câncer. Sendo a única mulher na família entre quatro
homens, ela aprendeu a cozinhar e a cuidar dos outros, principalmente do pai.
Aos treze anos Josie já era uma garota muito madura para sua idade. Seu corpo
crescera e se desenvolvera mais que a maioria das garotas, sua paixão por
música clássica e seu talento no piano só aumentaram com o tempo e seu
constante cuidado com os demais em sua família nunca mudou. Apesar de tantas
peculiaridades, a garota ainda assim não tinha amigos e era solitária.
Até que ela conhece Simon Yates no ônibus da escola. O
garoto descendente de índios Navajos apresenta uma postura rebelde e é muito
calado, e para desgosto de Josie, ela precisa passar quase uma hora de todos os
seus dias dividindo o banco com ele.
Pra viagem ser mais suportável,
Josie sempre leva um livro consigo e se perde na leitura dos grandes clássicos
como Emily Brontë e Jane Austen. E é por causa de um dever de literatura que
Simon resolve conversar com a garota. Contra todas as probabilidades, eles
conseguem se entender em meio a tantas reflexões confusas sobre música, lendas
navajos e o universo.
Simon tem cinco anos a mais que
Josie e está terminando o último ano do ensino médio. Seu desejo é se tornar
fuzileiro naval e sair da pequena cidadezinha no leste de Utah. Só que nem ele
estava esperando conhecer alguém tão espirituosa como Josie, uma garota tão
nova mas tão evoluída para sua idade.
Ao longo do tempo ambos vão se
aproximando mais e mais e assim surge um amor juvenil, inocente e sincero. Mas
a diferença de idade entre eles é um grande problema sem contar que Simon já
está de partida.
Ambos tem o destino traçado, mas
as circunstâncias da vida os colocaram em meio a várias provações que mudaram
suas escolhas. Dez anos se passaram e agora Simon está de volta em busca da
menina que um dia deixara para trás, só que assim como o tempo que passou Josie
já não é mais a mesma. Conseguirá ele trazer de volta toda a paixão que existiu um dia de volta à vida dela?
A escrita da Amy Harmon já não é
desconhecida por mim por isso é sempre bom matar a saudade dessa narrativa tão poética
e tão reflexiva. A autora gosta de trazer diversificados temas em suas obras
mas todas seguem um mesmo padrão. Ela fala de amor, de família, amizade e
principalmente de Deus e de fé. É uma mensagem linda para quem souber decifrar
algumas de suas nuances. Em Correndo Descalça eu percebi uma preocupação maior
da autora ao falar sobre a crença em algo maior, um ser Grandioso que olha por
nós. Por isso ela traz na história um personagem navajo, que tem várias
tradições, lendas e crenças de seu povo muito interessantes que contrastam com
nossos pensamentos e ideias cristãs. Ela une as duas coisas e consegue
mesclá-las tão bem que se você entende a história do ponto de vista cristão ou
do ponto de vista navajo, perceberá que tudo é basicamente a mesma coisa, desde
os ensinamentos simples até coisas mais complexas.
A forma da autora trazer esses
elementos em sua narrativa é tão poética e simples que sentimos que é algo que
flui naturalmente em suas palavras, e não algo forçado que tem o intuito de nos
catequizar. Então apesar do livro não ser sobre religião nem nada do tipo, há
sim passagens lindas que envolvem crenças cristãs e a Bíblia.
Meu problema com a narrativa da
autora é justamente a cadência. É tudo tão suave que chega a ter um ritmo muito
lento, um pouco cansativo. Senti esse mesmo problema em Beleza Perdida e achei
que aqui fosse encontrar algo mais como Infinito + Um, mas infelizmente não foi
dessa vez.
Josie é uma personagem incrível
que a gente quer guardar num potinho. Ela se preocupa tanto com as pessoas à
sua volta que pouco se preocupa com ela. É uma garota muito passível, muito
tímida e quieta. Sua personalidade poderia até ser apagadinha mas vemos sua
garra e paixão ao vê-la falar de música e literatura. Parece que a personagem
se transforma e tudo nela fica mais vívido. Entretanto, eu senti falta de um
desenvolvimento maior nela. Esperava uma atitude mais ousada em vista de
algumas situações que ela passou e isso não veio. Ela não se arrisca em nenhum
momento e isso me irrita porque a gente vê uma situação e queremos que o
personagem lute contra aquilo e Josie não é assim. Ela aceita aquilo como uma
verdade absoluta e deixa seus sonhos morrerem por medo de sair da toca e ir
viver.
Samuel é outra história. Enquanto
Josie é calma e controlada ele é rebelde e inquieto. Gostei muito das suas
histórias sobre o povo navajo mas também senti carência de entender mais
sobre o seu relacionamento com a mãe e o pai. Porém, consegui me apegar muito
facilmente a ele porque sua personalidade era muito mais interessante de
acompanhar do que a de Josie.
O relacionamento e a convivência
dos dois é algo lindo. Eles passam de desconhecidos a amigos de uma forma leve
e gradual, nada é forçado. O amor deles é tão puro e tão inocente que doía o
coração ver que a idade era um empecilho tão drástico sobre eles.
É claro que a história possui
muita emoção e me trouxe várias lágrimas ao longo da leitura. Apesar das
ressalvas, eu não conseguia largar o livro porque queria saber como essa
história terminaria. O ritmo foi o que realmente quebrou um pouco meu encanto
com a obra, entretanto acredito que depende de cada leitor e do momento que é
feito a leitura. Indico para quem quer se emocionar e se apaixonar com essa
narrativa.
Ah! Eu amei esse livro
ResponderExcluirfiquei mt fascinada com a história da cultura Navajo
Bjooooooooos
muitospedacinhosdemim.blogspot.com.br
Oiii Mika
ResponderExcluirEu gosto de livros que abordam um assunto sme forçar a barra, especialmente se é religião envolvida. Religião e politica são temas que devem ser abordados com cuidado, porque sempre que há o intuito de convencer / catequizar a coisa nunca flui legal e saudável, por isso, apesar de ser muito religiosa eu evito livros que abordem religião, porque a maioria parece querer convencer o leitor dos pontos que o autor acredita. Enfim, é um tema delicado e acho que quando tratado assim, de maneira sutil, funciona bem, do contrário não.
Uma pena que a escrita acabou ficando cansativa, essa capa é linda e eu esperava mais do livro, esperava mais intensidade pelo que ja ouvi falar da autora, ainda assim, talvez pra mim que não leio tanto romance, pode ser que me agrade né? Vou anotar a dica (não resisto a essa capa linda...haha)
Beijos
www.derepentenoultimolivro.com
Oi, Alice!
ExcluirPra mim esse é de fato o mais importante. Se for pra citar religião e crenças, que seja de forma sutil e não enviesada e a autora faz isso tão naturalmente que eu gostei muito e soou tudo muito reflexivo. Pena que o livro é lento, infelizmente.
Olá Mi!
ResponderExcluirAdorei a resenha e me interessei bastante pela trama, apesar de não ler muito o gênero, gosto quando os livros têm esse poder de causar emoção nos leitores.
Um beijo
EVENTUAL OBRA DE FICÇÃO
Oi Mi, tudo bem? Não é de hoje que quero ler um livro da Amy Harmon e apesar de ter me interessado inicialmente pela história quando foi lançada, hoje já não tenho tanto ânimo em embarcar na leitura.
ResponderExcluirBeijos, Adri
Espiral de Livros
Oi Mi! Eu nunca li nada da autora, mas acho que sofreria um pouco também com essa cadência que vc cita! Mas ainda assim quero conferir algo da autora!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Mi
ExcluirEu já li os três livros dela mas o que mais indico é Infinito + Um, meu preferido até agora.
Olá, Miriã.
ResponderExcluirEu achei essa capa horrível para a história que ela guarda. Eu amei ela e não achei cansativa, tanto que li em um dia. E chorei bastante hehe.
Prefácio
Oi, SIl
ExcluirEu li o livro em dois dias mas ainda achei que a história se arrastava, mas eu adoro a escrita da autora e também chorei muito!
Olá, Mika!
ResponderExcluirNossa no começo da resenha eu estava amando a história, mas saber que o ritmo não acompanha é bem desanimador, talvez eu dê uma chance a ele.
Beijão!
Lumusiando
Oi, Duda
ExcluirMuita gente não acha lento, é bom pra você tirar sua própria dúvida.