Perfeito para o papel - Jewel E. Ann | Resenha

Flint Hopkins encontra a inquilina perfeita para alugar o espaço sobre seu escritório de advocacia em Minneapolis.

Todos os requisitos foram preenchidos na proposta de Ellen. As referências dela são boas. E ela é bonita.
Até...
Flint descobrir que Ellen Rodgers, musicoterapeuta certificada, toca instrumentos musicais. Bongô, violão, canto – nada de Beethoven que se pudesse controlar com fones de ouvido com cancelamento de ruído.
O advogado implacável envia um aviso de despejo para a efervescente ruiva que cantarola eternamente, que é sexy demais para o próprio bem. Mas a sorte está do lado de Ellen, e Harrison, o filho autista de Flint, gosta dela à primeira vista. Um pai solteiro não pode competir com violões – e ratos. Sim, ela tem ratos de estimação.
Essa mulher...
Ela é irritantemente feliz e tem uma necessidade constante de tocá-lo – ajeitar sua gravata, abotoar sua camisa, invadir seu espaço e bagunçar sua cabeça.
Mesmo assim...
Ela precisa ir embora.

O relacionamento de desejo e ódio progride para algo bonito e trágico. Essa sexy comédia romântica explora as coisas que queremos, as coisas de que precisamos e as decisões impossíveis que pais e filhos tomam para sobreviver.

Flint Hopkins é um renomado advogado que está alugando uma sala acima da sua no prédio em que trabalha. Quando Ellen Rodgers surge disposta a alugar o local, ele acredita que encontrou a locatária perfeita. Até que ele descobre que Ellen é musicaterapeuta, ou seja, ela trabalha fazendo barulho, o que Flint definitivamente odeia.


Ansioso para tirá-la do lugar, ele não contava que Harrison, seu filho autista, iria gostar tanto dela. Agora para despejá-la se torna mais difícil, ainda mais quando ele mesmo se sente tão interessado pela moça.


Perfeito para o papel é um livro gostoso de ler e rápido, apesar de suas tantas páginas. Foi um livro que começou leve e divertido, e terminou sendo um dramalhão daqueles, mas que eu amei mesmo assim. 

Heidi me deu um filho, e depois eu a matei.

Flint é um homem resignado com a vida. Ele se envolveu em um acidente por dirigir bêbado, o que culminou na morte de sua esposa, e por isso ele acredita que não merece ser feliz. Sua relação com o filho é bem legal, mesmo que às vezes Harrison seja um garoto difícil. É claro que temos a questão dele ser autista, mas mesmo assim, tinha horas que eu queria pegar o menino e colocar de castigo pra ele parar de birra em algumas situações. 

A autora dá bastante ênfase no problema de bebida de Flint ao mostrar que dirigir bêbado pode ter grandes consequências, muitas vezes irreversíveis. É por isso que ele se culpa tanto pela morte da esposa, já que fora ele que resolveu dirigir mesmo sabendo que não estava em condições de fazer isso.

A parte mais difícil de tirar a vida de outra pessoa é saber que nada pode consertar o que foi feito.

Ellen é uma mulher bem divertida, mas que também possui uma bagagem emocional que vamos descobrindo com o passar das páginas. Amei a interação dela com o Flint porque ambos gostam de se provocar e deixa aquela tensão em limbo em vários momentos. O relacionamento deles é bem lento, se desenvolve de forma mais tranquila e por isso é fácil se apegar a eles. E caramba, eles passam por tanta coisa para ficarem juntos que deixou meu coração aflito e desesperado por um final feliz. 


A obra tem momentos profundos e reflexivos, mas também de diversão, seja pelos comentários irônicos de Flint sobre si mesmo, seja suas interações com Ellen, que são extremamente divertidas. Gostei também das aparições de Harrison, apesar de algumas birras dele que me torraram a paciência. 

Bem, é como dizem... regras existem para serem quebradas, e limite são impostos para serem ultrapassados.

Perfeito para o papel foi um livro perfeito. Tem tudo o que eu gosto em um bom romance, com personagens cativantes, um pouco de sensualidade, drama e diversão na mesma medida. Super recomendo!


Perfeito para o papel | 324 páginas | Editora AllBook | Nota: 5/5


14 comments

  1. Já fiquei lendo a resenha e imaginando tudo isso numa telona! A típica comédia romântica e com uma criança linda no meio do roteiro.
    Sem contar esse lance da música colocada ali e do personagem chato rs
    Mesmo já imaginando como tudo acaba, eu adoro esses clichês.
    Com certeza, já quero muito ler esse livro!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  2. Aquele clichê super amorzinho que aquece o coração.
    Mesmo com essas ressalvas me parece uma boa história, divertida e envolvente

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  3. Miriã!
    O que mais gostei foi ela ter conseguido mostrar uma característica bem forte em autista que é a birra, espero que ela tenha conseguido também mostrar como cuidar de uma criança com a síndrome.
    E feliz em ver que ela usou a música para aproximação da Ellen com Harisson.
    Sempre acho que quando há crianças em romances, elas conseguem aproximar os casais.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Oi, Mi! Tudo bom?
    Eu não conhecia a obra, mas pela capa jurava que era outro hot envolvendo CEO ou algo do tipo UHASUHASUHASUHASUH trauma com homens de terno :v
    Adorei a premissa e o plot de terapia com música, e que legal o modo como a autora parece ter abordado isso. Não tô numa vibe muuuuito de romance, mas vou procurar mais pra frente sim.

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  5. Eu preciso dizer que SEMPRE estou na onde de romances. Posso estar lendo terror, mas meu coração grita por um romance kkkkk Amei essa sinopse? com certeza! Amo personagens que não querem se apaixonar, a maioria né?! e acabam perdidinhos, ai que amor!!!
    Li esse fds uma história com advogado também, e esse clichê é comigo mesmo. Advogados são bem sexy e as histórias são ótimas, na maioria das vezes. Adorei que a nota final foi tão alta.
    Beijos

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  6. Oi Mi, interessante a autora a abordar a questão de dirigir bêbado. Eu nunca li nada dela, mas agora fiquei interessada, parece um bom romance!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  7. Parece ser um livro bem gostoso de ler mesmo. Pode ser por outro motivo, mas alguns autistas apresentam birra e eu gosto quando conseguem mostrar todos lados da doença.
    Beijos

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  8. Imagino que lidar com crianças que estão no espectro autista deve ser muito difícil, um verdadeiro exercício de paciência. A gente pode até achar que é birra, mas eles são muito metódicos e enxergam as coisas diferente da gente, né?
    Enfim, achei o enredo bem interessante justamente por causa dessa relação entre pai e filho, e achei legal a autora focar no vício de Flint. É sempre bom a gente ter personagens que retratam a realidade de alguma forma.

    Beijo!
    https://www.roendolivros.com.br/

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  9. Olá,
    Comecei a ler a resenha sentindo que era o tipo de romance que gosto, mas sem nada de especial, até descobrir sobre a criança autista. Me ganhou já aí, mas saber que fala sobre os perigos de dirigir bêbado me chamou ainda mais atenção. Adoro quando abordam temas importantes e não romantizam eles.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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  10. Eu li esse livro e gostei, apesar de algumas ressalvas. Achei o começo muito atropelado e na metade em diante aconteceu muita coisa atrás da outra kkkkk
    Beijos
    Balaio de Babados

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  11. Olá, Miriã.
    Mais um que já foi para o Kindle. Estou precisando de livros assim porque estou lendo dois livros bem pesados e quero dar aquela balanceada nas leituras hehe. Eu ia achar insuportável ter ela como inquilina também porque não gosto de barulhos hehe.

    Prefácio

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  12. Ola
    Que bom que a autora que alem de criar um cliche que a gente gosta inseriu no livro temas importantes como a bebida x transito e o autismo .
    E a julgar pela sua nota o livro conseguiu te conquistar .que bom quando isso acontece .

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  13. O livro já estava no meu radar, justamente por trazer esse romance clichê, mas com aquele toque diferente que nos deixa suspirando ao mesmo tempo que roendo as unhas pelo tão esperado final feliz e se tem criança na parada, aí que eu me interesso mesmo (risos).

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  14. Oi, Miriã
    A autora abordou temas sérios no enredo como dirigir embriagado, autismo. Mas ao tempo trouxe uma leveza com a música de Ellen.
    Espero ter oportunidade de ler, beijos.

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