Madeline Beaumont é uma cientista que trabalha para um programa de TV que foca na vida selvagem. Depois de muita insistência, ela consegue organizar uma expedição para investigar a existência do famoso Pé Grande. Apesar de todos acreditarem que ele não passa de lenda urbana, Madeline teve uma experiência no passado que a faz duvidar seriamente disso.
Mas logo nos primeiros dias da viagem, Madeline e seus companheiros sofrem uma grande nevasca, que a deixa perdida no meio da floresta. Ela acaba sendo resgatada por Wilder, um homem corpulento e caladão, que vive recluso em uma cabana no meio do nada. Ele a leva para sua casa, e enquanto ela se recupera dos ferimentos, os dois acabam se aproximando bastante.
Mas Wilder esconde um segredo, e suas constantes saídas misteriosas acabam por incitar a dúvida nessa cientista. Será que ela está diante de um Pé Grande de verdade, ou isso é apenas coisas da sua cabeça?
Bom, dá pra perceber que minhas leituras tem sido muito duvidosas ultimamente, mas depois do livro do alien, eu precisava muito de outro monster romance para ler, e acabei encontrando esse aqui no Kindle Unlimited. Gostei bastante da pegada da escrita da autora, que é muito boa, ágil e fluida. O livro não tem muito contexto fora a sinopse da história e 80% da ambientação é a floresta/casa de Wilder, o que deixa o cenário bem inóspito. Me senti parte do lugar e em alguns momentos, eu lembrei do livro Depois daquela montanha, justamente por causa da sensação que a autora me trouxe com o cenário branco e gelado.
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O envolvimento de Wilder e Madeline é bem lento e natural, e em nenhum momento senti que ficou forçado. Acho que a autora conseguiu vender o romance muito bem, mesmo que em alguns momentos eu duvidasse que isso fosse ser possível. Também achei que a explicação sobre a existência do Pé Grande foi bem plausível, nada muito fantasioso.
Uma coisa que me incomodou durante a leitura foi o excesso de vírgula nos parágrafos. Parece que alguém se passou bastante na revisão e ao invés de colocar ponto final, colocou vírgula em tudo que era possível, e isso afetou bastante minha leitura. Em vários momentos eu acabei ficando perdida e tinha que voltar no trecho anterior por causa da confusão de pontuação. Isso não é um problema para outros leitores, mas é algo que ficou muito visível pra mim. Outra coisa é que sentia falta de uma indicação de tempo na história. A autora não sinaliza quantos dias passaram, então eu não conseguia saber se o tempo que a Madeline ficou na casa do Wilder era longo ou curto. Me senti perdida quanto à isso, e acho que uma sinalização no início dos capítulos já ajudaria bastante a contextualizar a história.
Também tem situações na história que eu achei sérias, como uma tentativa de abuso sexual, que a autora colocou e não teve nenhuma repercussão. Literalmente quase aconteceu algo sério e a protagonista em nenhum momento pensa sobre o assunto ou conversa. Parece que nem teve apelo emocional envolvido, e eu fiquei me perguntando pra quê colocar uma cena assim só pra abrir outro plot, e não trabalhar?
Fora essas questões exclusivas de preferências minhas, eu acho que o livro foi bem legal. Tem uns clichês no final que lembram muito livro de CEO, mas eu acho que a proposta da história é ser leve e divertida, nada muito profundo. Gostaria de ter visto mais de outros personagens fora os protagonistas e ter mais aprofundamento quanto as questões de vida de ambos, mas como disse, era pra ser uma história levinha pra passar o tempo e acho que ele conseguiu entregar o que se propôs. Recomendo!
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